domingo, 29 de agosto de 2010

Garças

Garças levitam, levitando são
A voz do ar, a asa ausente da paixão.
Do corpo fez-se a marca
Do riso fez-se o amor
Da presença um incerto sabor
Que ancora na malemolencia de quem ama
Garças colorem areia, mar e ar
E o mar aos ciúmes de quem espelha
Os doces, rubros tons de seu levitar
Garças sabem o rumo
E levam consigo sua indecifrante beleza
E as garças choram ao despeçar-se 
Dos devaneios de um coração.


E lá ficam colorindo o bando!
Também ficam o cinza e a inércia de quem deve partir
Garças serão...
Junto a necessidade do sol
A necessidade que tem um coração
Na sombra da partida deixarão
Os ventos tristes, e quase sem pulsos
Força apenas de derrubar a lágrima.
Serão..
O itinerário dos abraços
arma contra o mal escaço
O além, o instante. A doçura branda de minha paixão


Serão...
Parte vida em vinda
Que bem vinda a vida parte
Serão... O acender e arder de minha arte
O ponto! De quem nunca um dia partiu.


                                                 (Derik Fonseca)


                              " Para Verônica Bernardino e Nayara Vianey "


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